Vigilância em Saúde dá orientações sobre a Febre Maculosa e áreas de risco
COM ASSESSORIAS – Todo o país está atento com o aumento de casos da Febre Maculosa, uma zoonose causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitida pela picada de carrapatos contaminados do gênero Amblyomma, conhecido popularmente como carrapato estrela. Esta doença tem cura, mas se não for tratada pode matar e seus sintomas são muito parecidos com outras doenças, principalmente Dengue, por isso todo cuidado não é exagero.
A doença é transmitida quando o carrapato, ao realizar o repasto sanguíneo, pica e transmite a bactéria por meio da sua saliva. Porém, segundo a Vigilância em Saúde do município – vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, para haver a transmissão, ele precisa permanecer aderido ao hospedeiro por um determinado período, que varia de acordo com a espécie de carrapato envolvido. Sendo, no mínimo, 10 minutos (Amblyomma aureolatum), até 4 a 6 horas (Amblyomma sculptum e Amblyomma ovale).
Sintomas – O período de incubação da doença é de 2 a 14 dias, mas pode variar de acordo com cada pessoa. A Vigilância do município orienta ficar atento em caso de: febre de início súbito, dor de cabeça, dores no corpo, dor muscular constante, náuseas e vômitos, conjuntivite, manchas vermelhas na pele (começando nos pés e mãos), e lesão no local onde o carrapato ficou aderido. A pessoa que apresentar esses sintomas após frequentar áreas que podem ter carrapatos, deve procurar a UBS mais próxima e informar a possibilidade de contato. O tratamento é feito com uso de antibióticos e é totalmente gratuito, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não existe transmissão de pessoa para pessoa, é importante ressaltar. E, felizmente, não registramos nenhum caso em Campo Largo até agora. O que se sabe é que, geralmente, a pessoa não percebe que foi picada, nem sabe onde aconteceu, porque a picada não causa dor. Cães e gatos não são hospedeiros preferenciais para o carrapato estrela, e o parasitismo por essa espécie de carrapato só vai acontecer quando os animais de estimação entram em áreas de risco”, indica Viviane Janz Moretti, diretora da Vigilância em Saúde do município.
Atenção – A Vigilância em Saúde de Campo Largo solicita à população para que encaminhe todos os carrapatos que forem encontrados (em animal, no meio ambiente, ou em pessoas) para identificação. Basta colocar em um pote transparente com tampa, fechar, anotar seu nome, endereço e telefone para contato. A entrega deve ser feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, ou diretamente na Vigilância em Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Quais são as áreas de risco? – Ambientes com vegetação e presença de animais como cavalos e capivaras (hospedeiros preferenciais), bovinos, porcos, galinhas, entre outros. Beira de lagoas, parques, reservas ecológicas e áreas de gramado são favoráveis à infestação de carrapatos.
Reduza os riscos – Atualmente não existe nenhuma vacina eficaz contra a Febre Maculosa, mas é possível adotar algumas medidas para prevenir a doença. Confira:
– Ao frequentar áreas de risco, recomenda-se o uso de camisetas com mangas longas, botas e calça comprida com a parte inferior dentro das meias, todos de cor clara para facilitar a visualização do carrapato;
– Evite andar em locais com grama ou vegetação alta;
– Ao retorno, verifique imediatamente sua roupa e seu corpo para remover possíveis carrapatos. Fazer uma boa higiene das peças de roupas usadas, colocando em água fervente para a retirada dos carrapatos;
– Não deixe seu animal de estimação com livre acesso à rua, pois ele pode entrar em áreas de mata e voltar com carrapatos;
– É recomendável o uso de carrapaticidas em seus animais, quando em áreas de risco, de acordo com orientação de médico veterinário;
– Examine com frequência os cães e gatos para buscar carrapatos e use luvas para tirar os que encontrar. Existem diversas espécies de carrapatos, mas não são todos que transmitem a Febre Maculosa. Porém, algumas espécies de carrapatos podem transmitir doenças aos animais de estimação, como erliquiose e babesiose por exemplo, por isso, é importante manter sempre os cuidados para evitar a contaminação.
– Não arranque carrapatos com força. Retire-os com calma, através de uma leve torção. De preferência, use uma pinça. Não utilizar fósforo acesso ou outros objetos aquecidos, bem como produtos químicos;
– O uso de carrapaticida no ambiente, em especial próximo a áreas de preservação, é proibido. É possível fazer uso intradomiciliar, mas o controle mecânico ainda é a principal medida de controle.
Serviço
Vigilância em Saúde de Campo Largo
Telefones (41) 3291-5116 ou 3291-5193
Centro Administrativo da prefeitura – Bloco 5 (Avenida Padre Natal Pigatto, 925, Vila Elizabeth)