Grande Curitiba

Profissionais da educação passam por formação visando estudantes migrantes

Evento realizado no final de abril reuniu 102 diretores, pedagogos e professores da rede municipal com o intuito de prepará-los para receber crianças vindas de outros países
8 de maio de 2024 às 16:50
(Foto: Secretaria de Educação)

COM ASSESSORIAS – Mudar para outro país é um desafio grande, principalmente para crianças e adolescentes em idade escolar. Da diferença na língua até mesmo às questões culturais, esse “novo mundo” pode ser intimidador e por isso as escolas possuem um importante papel de acolhimento.

No Brasil, todas as crianças — inclusive as migrantes — tem direito à educação. Porém, é um desafio para os educadores ensinar estudantes com outro idioma. Isso se deve ao fato de que o respeito à cultura é fundamental para essas pessoas, que precisam ser recebidas da melhor maneira possível, para assim superar as distâncias.

Por isso, a Secretaria Municipal de Educação de Campo Largo tem a responsabilidade de formar profissionais capazes de mediar a aprendizagem a estudantes de outras nacionalidades. No dia 23 de abril, a pasta realizou na Câmara Municipal a formação para 102 profissionais da educação (diretores, pedagogos e professores) da rede municipal de Campo Largo.

Com o tema Acolhimento e o Processo Ensino-Aprendizagem de Estudantes “Migrantes” nas Escolas, o evento foi ministrado pela Professora Dra. Caroline Vieira Rodrigues, do Instituto Casa Grande.

“Além do acesso à educação, garantido às crianças migrantes por lei, a escola deve garantir práticas de pertencimento,” explicou Caroline. “Atividades interculturais e momentos de aprendizagem coletiva são bons caminhos para que estudantes migrantes se sintam acolhidos na escola e, assim, ampliem seus repertórios em língua portuguesa para participar mais ativamente das atividades pedagógicas.”

Atualmente a rede pública municipal de educação de Campo Largo atende aproximadamente 110 crianças migrantes, entre elas venezuelanos, haitianos, cubanos, peruanos e argentinos. Iniciativas como essa formação ajudam a tornar a escola um ambiente melhor para essas crianças, garantindo que elas tenha uma educação digna e que respeite suas origens.