Grande Curitiba

Campo Largo apresenta infestação do mosquito transmissor da Dengue

Aumento é de mais de 1.000% dos casos autóctones. Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental alerta moradores para o papel de cada um no combate ao Aedes aegypti
25 de novembro de 2024 às 17:15
(Foto ilustrativa: Wikipedia)

COM ASSESSORIAS – Atualmente, segundo boletins semanais divulgados, o quadro de infestação detectado pela Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) se apresenta alarmante na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), inclusive em Campo Largo, e começou a aumentar significativamente o número de notificações desde a metade do ano passado. Porém, no ciclo atual, um agravante é a antecipação desse quadro, pois ainda falta cerca de um mês para o verão.

“Estamos já pensando lá na frente, pois é preciso se preparar para o enfrentamento, caso seja necessário. São 25 casos suspeitos na cidade, de julho para cá, aguardando o resultado da análise laboratorial. Não parece um número alto, mas ainda não é a época de termos muitos casos, então já é um patamar fora do usual”, comenta Viviane Janz Moretti, diretora da Vigilância em Saúde, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde.

Virginia Prado Schiavon, bióloga da divisão de Vigilância em Saúde Ambiental do município, também confirma o alerta e explica que uma infestação nada mais é do que o aumento da população de mosquitos, em uma área específica. “É isso que estamos vivendo neste momento, resultado das mudanças climáticas. Neste ano mal tivemos inverno e, além do calor, temos outro fator que é a adaptação do mosquito para procriar mais”.

Situação local – A equipe de 11 Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) do município já encontrou larvas e ovos do mosquito, desde agosto deste ano, nos seguintes bairros: Itaqui de Cima, Cambuí, Salgadinho, Aparecida, Gorski, Rivabem e Ouro Verde. Na última semana, foi encontrado em Bateias também, e as regiões com mais casos são Rivabem, Ouro Verde e Aparecida.

Conforme o último levantamento da divisão de Vigilância em Saúde Ambiental, no ciclo 2023/2024 foram monitorados 41 casos autóctones, ou seja, casos contraídos no próprio município e não vindos de fora. O aumento é de mais de 1.000% nestes casos, saindo de 3 pessoas em 2023 para 41 em 2024. Parece pouco em números absolutos, mas a previsão da Saúde é que no ciclo atual (2024/2025) os números tripliquem.

“É um aumento exponencial que observamos de um ano para outro, e que já está em andamento. Nosso papel é preparar a população, levar informações e orientações, mas é o morador que precisa fazer a sua parte, a ação é coletiva. De uma situação que já vínhamos falando nos últimos anos, agora não temos mais tempo, chegou o momento de agir”, pontua a bióloga.

Dicas de ouro – Vale lembrar que o mosquito também gosta de viver e se procriar dentro dos domicílios, então os cuidados devem ser ampliados também da porta para dentro das residências. Cuide com pequenos depósitos de água parada, são possíveis focos. Ralos e até vasos sanitários devem ser mantidos tampados (em caso de viagens ou pouco uso, ainda mais nesse período de festas e férias, quando a população costuma viajar).

Ajude amigos e familiares na limpeza, oriente quem ainda não sabe como eliminar o mosquito e o risco de novas contaminações, essa é uma tarefa coletiva. Além disso, é essencial o uso contínuo de repelente, inclusive por quem está com sintomas ou com o diagnóstico confirmado, para cortar a cadeia de transmissão.

Somente os esforços de toda comunidade e do poder público podem vencer o combate à dengue!

Para mais informações entre em contato com a Vigilância em Saúde no telefone (41) 3291-5246 ou pelo aplicativo de mensagens WhatsApp no número (41) 99515-0086.

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