Grande Curitiba

Estudantes criam monstrinhos do bullying em escola do Sítio Cercado

8 de junho de 2022 às 11:25
(Foto: Lucilia Guimarães)

COM ASSESSORIAS – O espaço maker do Farol do Saber e Inovação Rubem Braga, na Escola Municipal Rio Negro (Sítio Cercado), é referência quando o assunto é bullying, a violência física ou psicológica feita de maneira intencional e repetida. Desde a entrega do espaço, em setembro de 2018, os estudantes desenvolvem projetos de combate ao bullying.

A última ação foi a criação de monstrinhos para caracterizar as maneiras de fazer bullying (xingar, bater, magoar, empurrar). Inspiradas no filme Monstros S/A, as crianças colocaram a mão na massa e projetaram vários bonecos, que servem para conscientizar e proteger contra esse tipo de provocação.

“Começamos a trabalhar a questão do medo do bullying e aí veio a ideia dos monstrinhos que metem medo e uma coisa puxou a outra. Eles pesquisaram e desenvolveram essa ideia. O tema é bastante trabalhado aqui na escola, seja nas aulas de Ciências, Matemática ou no Farol da Inovação, todo o trabalho é interligado”, contou a professora Viviani Glok.

“Conversamos muito sobre como controlar o nosso ‘monstrinho’ interior. Contar até dez, respirar, pensar se eu gostaria de ouvir ou que fizessem aquelas agressões comigo. Sempre pensar em praticar o bem e ser gentil”, resumiu Viviani.

Conforme o ano que trabalhava a temática, a atividade foi adaptada. Os pequenos fizeram monstrinhos de massa de modelar, mas os estudantes mais velhos utilizaram os kits de robótica LudoBot e peças de EVA.

Uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental desenvolveu até uma roleta com os tipos de bullying. Os estudantes usaram então o LudoBot para montar o mecanismo de giro da roleta e todos acabaram criando um herói protetor contra o monstrinho tirado na roleta.

“Não se deve fazer bullying porque magoa. Magoa até quem faz. E a gente sempre deve avisar um adulto que isso está acontecendo”, ensina Maria Clara Rosa da Silva, 5º ano do Ensino Fundamental.

As colegas Sarah Gapski da Fonseca, Larissa Lorena Soares Derbik, Ainoa Hanke concordam que informar sobre o assunto é muito importante. “Nunca devemos ter medo de dizer que isso está acontecendo, ou nunca vai acabar”, afirma Ainoa.

Primeiro projeto

Para a entrega do Farol da Inovação da escola, em 2018, os estudantes prepararam um mural e caixinhas com as ideias para prevenir a prática do bullying. O projeto Stop Bullying – Seja gentil! foi exposto no farol recém-reformado e apresentado na época ao prefeito Rafael Greca e à secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

O mural foi o resultado de três meses de trabalho e surgiu da reflexão dos pequenos sobre a necessidade de melhor convivência e harmonia.

Inclusão

Lançado em outubro de 2019, o projeto Curitibinhas na Inclusão, Bullying não foi um avanço nas ações já desenvolvidas na rede municipal de ensino para combater essa prática.

A ação de conscientização tem material próprio e busca sensibilizar os estudantes da rede por meio da reflexão e da execução de medidas educativas. A proposta também tem por objetivo despertar nos estudantes e profissionais da Educação um olhar mais sensível para identificar traços de possíveis agressões, contribuindo para a prevenção.