Grande Curitiba

Greca lança o Programa de Compostagem em ecopontos de Curitiba

6 de outubro de 2022 às 10:26
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Curitiba dá mais um passo para reduzir o uso de aterros sanitários e a emissão de gases do efeito estufa com o Programa Municipal de Compostagem. A ideia lançada pelo prefeito Rafael Greca nesta quarta-feira (5/10), no Ecoponto Cajuru, é encaminhar a composteiras comunitárias os resíduos domiciliares orgânicos que podem ter reaproveitamento.

A iniciativa faz parte do Curitiba Viva Bem, um conjunto de políticas públicas que promovem a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da população.

As composteiras vão ficar nos ecopontos, que são os locais destinados a receber resíduos de construção e vegetais. Os ecopontos Uberaba, Érico Veríssimo e Cajuru são os primeiros. A implantação nos oito locais restantes será feita de forma gradativa.

“Hoje nós abrimos a composteira do Cajuru para receber resíduos orgânicos que não vão para o lixo: vão virar adubo para se transformar em frutos e flores”, disse o prefeito.

“O mundo precisa diminuir cada vez mais o consumo, para não ser tornar inviável. Precisamos ser uma civilização da economia criativa e não mais do consumismo” reforçou Greca, ao lado da secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias.

Hoje, são encaminhadas ao aterro sanitário, em média, 40 mil toneladas de resíduos orgânicos por mês. “Com o nosso trabalho de incentivo à reciclagem e, agora, com a compostagem comunitária, esse número deve ser reduzido de forma gradativa”, projetou a secretária Marilza.

Para todos

O diretor de Limpeza Pública da secretaria, Edelcio Marques dos Reis, contou que, além dos ecopontos, etapa chamada Compostagem Comunitária, o programa vai abranger diversos segmentos da sociedade, passando pelas hortas comunitárias e incluindo grandes geradores. “Nosso objetivo é a mudança de comportamento em relação à geração de resíduos e ao desperdício de alimentos”, explicou.

Para reforçar as informações e a importância de dar o destino correto também ao resíduo orgânico, o assunto é um dos temas tratados pela nova etapa da campanha da Família Folhas.

Acompanharam o lançamento, ainda, os vereadores, Serginho do Posto, João da Loja 5 Irmãos e Hernani da Silva; o superintendente de Obras e Serviços, Jean Brasil; o diretor do Departamento de Limpeza Pública, Edelcio Marques dos Reis; a gerente de Educação Ambiental, Leila Maria Zem; o administrador da Regional Cajuru, Narciso Doro Junior; e o assessor de Articulação Política, Lucas Navarro de Souza.

Primeira etapa

As composteiras comunitárias dos ecopontos vão receber cascas e restos de frutas, de legumes e verduras (todos crus), cascas de ovos, filtros e borra de café, saquinhos de chá e restos de folhas.

O material pode ser levado todos os dias ou conforme o interessado preferir, com o limite de 600 litros por semana. Baldes ou sacolas compostáveis podem ser utilizados para levar ou para acondicionar o material até que ele seja encaminhado aos ecopontos.

O composto resultante será usado como adubo pela própria comunidade, em atividades de cultivo ou jardinagem.

“Os moradores dos bairros próximos aos ecopontos passam por um trabalho prévio de Educação Ambiental para saber quais resíduos podem ser compostáveis e como funciona o processo de decomposição do material orgânico”, reforçou Reis.

No Ecoponto, o zelador recebe os resíduos num recipiente no qual pode estimar o volume de resíduos a ser colocado na composteira no fim do dia. Com isso, será possível computar, de forma aproximada, a quantidade de resíduos desviada do aterro através da Compostagem Comunitária.

Os resíduos colocados na composteira são cobertos com material seco (capim ou serragem), o que impede a formação de chorume em excesso, além de prevenir a propagação de odor e a atração de vetores de doenças.

Quando a composteira estiver cheia, o material será retirado da caixa para maturação, o que permitirá que o composto fique pronto, e que o recebimento de resíduos aconteça de forma contínua.