Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Nesta terça-feira (12/3), o Salão de Atos do Parque Barigui foi palco para a aula inaugural do curso EAD Masculinidade Consciente, iniciativa da Assessoria de Direitos Humanos – Políticas para Mulheres, da Prefeitura de Curitiba.

“O objetivo é propiciar uma mudança de comportamento e disseminar informações que elucidem e orientem sobre a chamada masculinidade consciente, em contraposição à masculinidade predominante, que muitas vezes perpetua relações de dominação, desvalorização das mulheres e violência de gênero”, explicou Elenice Malzoni, assessora de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres, ao abrir o evento.

O evento de abertura teve a participação do professor Guilherme de Paula Pires, facilitador do curso, que compartilhou conhecimentos sobre o tema seguido por uma mesa de diálogo composta por cinco debatedores: Daniel Fauth Washington Martins, Fabian Agarte da Silva, Guilherme Santiago Bucco, Silas Ubirajara e Ramon Andrade Ferreira. A mediação ficou a cargo do servidor Fernando Ruthes.

Relações igualitárias

A aula inaugural lançou luz sobre questões cruciais que permeiam a sociedade, oferecendo caminhos para uma transformação significativa na construção de relações mais igualitárias e saudáveis entre os gêneros.

O Salão de Atos recebeu servidores, aprendizes e pessoas da comunidade dispostas a aprender mais sobre seu papel na luta pela equidade. Entre eles, agentes da Guarda Municipal, que se deparam com situações de violência de gênero no trabalho.

Com 20 anos de experiência na GM, Rafael Santiago participa dos eventos de aperfeiçoamento para a profissão e demonstra interesse pelo curso. “Traz conhecimentos que podemos aplicar no trabalho, porque todo agente, independente do gênero, precisa agir conforme a lei”, comenta Santiago.

O curso é voltado para todos os públicos e para um dos aprendizes administrativos do Centro de Integração Empresa-Escola, José Fragallo, de 15 anos, o conhecimento deve ser compartilhado com os colegas. “É um assunto que a gente deve ter na cabeça desde jovem, mas não é todo mundo que aprende sobre isso em casa. Quero fazer o curso pra poder passar pra outras pessoas também”, conta José.

Convidada por um amigo servidor da Prefeitura, a artesã Denise Kramer prestigiou a aula inaugural e destacou a importância de discutir sobre violência doméstica. “É fundamental que as mulheres entendam como procurar ajuda em situações de violência, e também que os homens sejam conscientizados sobre o respeito”, comenta.

Quem pode se inscrever?

O conteúdo é direcionado não só aos servidores municipais, mas também aos profissionais de outros órgãos públicos, organizações da sociedade civil, conselhos tutelares, conselhos de direitos e conselhos setoriais, bem como a população geral, na importante temática da violência contra a mulher.

O curso, com 4 horas de duração, acontece na modalidade EAD e poderá ser acessado pelo Portal Aprendere, do Imap.