Grande Curitiba

Piscinas de ondas para surf garantem competição mais justa para os atletas do esporte

Surfistas profissionais defendem que as Olimpíadas deveriam ser realizadas em ambientes controlados
4 de setembro de 2024 às 16:44
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – O Brasil se emocionou nas últimas Olimpíadas, quando o surfista Gabriel Medina, promessa de medalha de ouro para o Brasil, saiu da disputa pois, durante a bateria das quartas de final, o mar não apresentou ondas suficientes para sua apresentação.

“O atleta se prepara por meses para ter o melhor desempenho durante a competição e depende das condições do mar para apresentar seu trabalho. É injusto comparar dois atletas, em condições adversas”, afirma o campeão de surf, Adriano de Souza, o Mineirinho. Ele é um dos sócios da Surf Center, primeiro clube com piscina de surf coberta e aquecida do mundo, que será inaugurado no segundo semestre, em Curitiba.

As piscinas de ondas proporcionam a evolução no esporte, pela prática constante, além de ser uma experiência incrível e muito emocionante. “Eu fiz o teste da primeira piscina de ondas, a Wave Garden, competi na piscina do Kelly Slater, na Califórnia, e já surfei na America Machine. Essas tecnologias conseguem reproduzir ondas perfeitas e contribuem muito para a prática e evolução no esporte”, afirma Adriano.

Para ele, a realização de competições em piscinas de ondas mostraria de fato a qualidade do surf de cada atleta. “Em piscinas de ondas, é possível reproduzir a mesma onda, com a mesma força, quantas vezes forem necessárias. Nas mesmas condições, seria mais justo a avaliação do desempenho dos atletas”, diz Adriano.

Nas Olimpíadas, os horários são fixos, com horários marcados para as baterias. Como avaliar o desempenho dos atletas se as condições são diferentes para cada surfista? “Não tem como ter a onda perfeita, todos os dias, nos mesmos horários. Mas na piscina de ondas sim!”, completa ele. Kelly Slater, um dos maiores surfistas da história, juntou-se aos campeões mundiais Gabriel Medina e Filipe Toledo, para defender a realização das competições olímpicas de surfe em piscinas de ondas.

Além de criar a onda perfeita e poder reproduzir a mesma onda quantas vezes for preciso, as piscinas de ondas proporcionam a evolução e prática no esporte. Como a onda é igual, é possível testar novas manobras, avaliar o que pode ser melhorado e criar novas oportunidades de se destacar no esporte.

Adriano destaca ainda a acessibilidade ao esporte com as piscinas de ondas. “Para quem mora longe da praia, ou para quem tem tempo curto de treino e não pode esperar a imprevisibilidade do mar, as piscinas de ondas oferecem constância na prática do esporte, e consequentemente, uma maior evolução”, afirma.

A Surf Center tem como objetivo democratizar a prática do surf em todo o país, e acaba de lançar sua segunda unidade, que será construída em Ribeirão Preto, além da unidade Curitiba, que já está próxima da inauguração. O gerador de ondas GT3K da Surf Center é o primeiro 100% nacional no segmento de ondas artificiais dinâmicas com patente depositada. Com tecnologia inteligente, a flexibilidade permite criar diversos tipos de ondas, exclusivas para cada praticante, com custo de venda em média 1/3 menor do que os concorrentes pelo mundo e com custo operacional e de manutenção mais baixos, já que o mecanismo para a fabricação fica fora da água.

A expectativa da Surf Center é lançar mais de 20 novos clubes Surf Center até 2030 em diferentes cidades do país, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, entre outras, e todos os sócios poderão usufruir das ondas em qualquer uma das unidades da Surf Center pelo Brasil.