Durante audiência, empreendedoras trouxeram experiências e relatos
Na última sexta-feira (6), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) promoveu uma audiência pública que teve por tema o empreendedorismo feminino. Oito mulheres fizeram uso da palavra e trouxeram informações sobre suas respectivas áreas de atuação, sempre realçando as questões relativas às especificidades femininas, em âmbito tanto pessoal como profissional.
Participaram do evento: Andreia Gois, graduanda em Psicologia e bacharela em Direito, técnica em Transações Imobiliárias e Gestão de Contratos, pós-graduada em Direito Constitucional e Democracia, pós-graduada em Psicologia Jurídica, especialista em Marketing Político, professora de Etiqueta Comportamental, especialista em Atendimento ao Público; Taiane Belinati Kubrusly, médica cardiologista, MBA em Gestão em Saúde, foco em Medicina integrativa Funcional e Medicina Preventiva, atuante nos hospitais Vita, Hapvida e clínica Incor Kubrusly; Luiza Rodrigues, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental; Simone S. Bunick Sala, técnica em Eletrônica, engenheira mecânica, MBA em Planejamento e Gestão Estratégica, mestre em Engenharia Industrial com especialização em Orientação Organizacional e Gestão Industrial; Alessandra Toneli, designer, sócia do escritório Contempo Design e das agências de publicidade The Comunicação e Weega Comunicação; Marili Honório, consultora de Etiqueta Comportamental e Eiqueta à Mesa com formação profissional no SENAC e Centro Europeu; Siléia Chiquini, escritora, conferencista, pós-graduada em Libras, pós-graduada em Educação Inclusiva, pós-graduada em Educação Especial, presidente da Associação dos Surdos do Paraná Mãos Ungidas; e Patrícia Schmidt, vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Campo Largo (Conseg – Campo Largo), bacharel em Direito, pós-graduanda em Direito Civil e Musicista.
“Poder público deve incentivar jovens empreendedoras”, afirmou especialista
A primeira oradora a usar a palavra no evento foi Andreia Gois. Ela tratou do empreendedorismo sob a perspectiva feminina. Ela frisou o papel do poder público no sentido de incentivar as mulheres que pretendem criar suas empresas. “Nós entendemos que haja um trâmite burocrático para a criação de uma empresa, mas diante dessas dificuldades, a maioria das mulheres ou desiste ou cai na informalidade”, afirmou. Para ela, a iniciativa dessa audiência pública foi a de abrir espaço para que mulheres profissionais de áreas diversas pudessem falar sobre suas atividades e trazer experiências e relatos pessoais que inspirem outras mulheres.
A escritora Siléia Chiquini, atual presidente da Associação dos Surdos do Paraná Mãos Ungidas, revelou que trabalha com acessibilidade e inclusão de pessoas com necessidades especiais há 28 anos e preside a Associação Mãos Ungidas há 15 anos. “Temos urgência. Somente no Brasil, há em torno de 19 milhões de pessoas com necessidades especiais. Em Curitiba, calculas-se que sejam 400 mil. São pessoas que devem ter oportunidade de acessoa à comunicação e à informação”, disse Siléia que enfatizou a difusão do conhecimento da Língua de Sinais (Libras).
Empreendedoras devem cuidar do corpo e da mente, alertaram especialistas
A médica cardiologista Taiane Belinati Kubrusly focou em medicina integrativa funcional e medicina preventiva. Ela tratou de algumas questões pertinentes à manutenção da qualidade de vida, entre elas: o controle do stress, a qualidade do sono e os cuidados com a alimentação. “Devemos lembrar que a obesidade, além de ser um problema em si, também pode gerar outras consequências como o desenvolvimento de diabetes e doenças hepáticas”, alertou. Taiane destacou que a prática de exercícios físicos pode melhorar o dia a dia e aumentar a perspectiva de vida das pessoas. “Mas isso depende da conscientização sobre a importância da mudança de hábitos”, concluiu.
Luiza Rodrigues é chamada “inteligência emocional” exerce influência em todos os campos da vida e dela depende o sucesso pessoal e profissional. Ela dissse que sua fala era embasada nos textos do psicoterapeuta Daniel Goleman, inventor do conceito de “inteligência emocional”. De acordo com Luiza, a administração da inteligência emocional depende do controle de alguns fatores, como: autoconhecimento, empatia, autocontrole e automotivação. “São habilidade cujo domínio pode aprimorar os relacionamentos interpessoais e facilitar o alcance de propósitos profissionais, principalmente no campo do empreendedorismo”, disse.
Para engenheira, perseverança é fundamental no empreendedorismo
Simone Sala comentou sobre sua própria história de vida. Seu casamento estava fundamentado no fato de que seu marido contava com um emprego e eles desenvolviam, em paralelo, um empreendimento que servia como apoio orçamentário. Até que a empresa onde seu marido trabalhava dispensou seu marido e a atividade financeira assessória da família passou a ser a principal fonte de renda. “Isso foi em 2006. A empresa começou a dar resultados efetivos somente em 2010. Por isso, a perseverança deve acompanhar quem se propõem no universo dos empreendimentos”, afirmou.
A iniciativa do evento foi do vereador Eder Borges (PL).
Fonte: Câmara Municipal de Curitiba