Grande Curitiba

Programa de Aquisição de Alimentos fortalece a agricultura famíliar em PG

Pequenos produtores garantem escoamento da produção de hortifrutigranjeiros
1 de outubro de 2021 às 18:21

COM ASSESSORIAS – Comida na mesa para as pessoas em situação de vulnerabilidade social e a garantia da comercialização de produtos hortifrutigranjeiros por pequenos produtores rurais. Este é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Prefeitura de Ponta Grossa, realizado através da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA) que ampliou a margem de compra de R$ 8 mil, para R$ 20 mil, favorecendo a agricultura familiar e destinando a produção para o Programa Feira Verde, que troca materiais recicláveis por alimento.

De acordo com o secretário de Agricultura, Bruno Costa, com o PAA, o agricultor consegue organizar seu fluxo produtivo por sazonalidade dos mais variados produtos de hortifrúti, suas vendas e entregas serão constantes ao longo do ano e terão ao apoio incondicional dos técnicos da SMAPA e do governo do estado através do IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural), reduzindo o risco de perdas na sua produção. “São 86 pequenos produtores de Ponta Grossa e de quatro municípios vizinhos que participam do PAA. A produção destes trabalhadores é fundamental para que alimentos de qualidade tenham destinação certa. Por isso ampliamos o PAA, para que estas famílias tenham a garantia da venda desses produtos durante todo o ano, com a segurança para continuar no campo produzindo”, salienta Costa.

Silviane Aparecida Gomes de Araujo Galvão é produtora rural na região de Pinherinhos. Através do PAA, sua família comercializa somente com a Prefeitura, produtos como mandioca e laranja. Ela conta que já vendia para o Feira Verde, mas que sentiu a diferença com a mudança no Programa. “Agora é melhor, pois antes tinha o produto e não conseguia agendar e aconteciam perdas por serem produtos perecíveis. Neste novo formato praticamente não tenho mais perdas”, comenta.

A produtora rural Lucianita Justus Olegario, que tem propriedade no Distrito do Guaragi cultiva brócolis, cenoura, mandioca, repolho, acelga, couve-flor, abobrinha e pepino. De acordo com Luanita, sua produção varia entre 500 a 1 mil kg por mês e que 80% da é comercializado como o Feira Verde. “Agora com o PAA da mais segurança para produzir”, salienta.

Segundo dados da Secretaria de Agricultura, que em 2019 a Prefeitura comprava cerca de 24% dos hortifrúti da agricultura familiar através do PAA, para o Feira Verde, enquanto em 2020, chegou em 26%. O engenheiro agrônomo, Cesar Augusto Ferreira, comenta que neste ano, até o fechamento de setembro, calcula-se que 40% dos produtos do Programa, foram adquiridos de pequenos produtores, alcançando a meta estipulada para 2021.

Ferreira conta que o cenário poderia ter sido melhor ainda, mas o clima não ajudou. Ele conta que no começo do ano, os produtores tiveram problemas com a estiagem, em função da seca gerada pelas altas temperaturas, enquanto, no inverno as geadas prejudicaram a entrega dos produtores, bem como chuvas de granizo em algumas regiões, também causaram prejuízos. “Desta forma, se não fossem estes problemas compraríamos de 48% a 50% da agricultura familiar, através do PAA, ao invés dos atacadistas”, explica o agrônomo, que estima que até o final do contrato, que vence em abril de 2022, o percentual deve subir pelo fato que a produção é mais fácil, possibilitando o aumento para os meses de outubro e novembro.