Grande Curitiba

Acordo viabiliza Ambulatório Universitário Amadeu Puppi

19 de setembro de 2022 às 14:52

COM ASSESSORIAS – Foi assinado na manhã desta segunda-feira um protocolo de intenções entre a Prefeitura de Ponta Grossa e o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde e da Superintendência de Ensino Superior, para que o antigo hospital municipal sedie o Ambulatório Universitário Amadeu Puppi, mantido pela UEPG, como nova unidade do Hospital Universitário. Com essa mudança, o HU poderá ampliar seus serviços, passando a sediar, no prazo de alguns meses, o atendimento às gestantes de alto risco, hoje prestado pela Santa Casa que manifestou intenção de descontinuar esse convênio.

Segundo a prefeita Elizabeth Schmidt, que anunciou essa alteração, os serviços de adaptação predial serão iniciados rapidamente para que essa transferência seja feita no menor espaço de tempo possível.

Equipes da Prefeitura de Ponta Grossa, da SESA e da UEPG têm mantido diversas reuniões, com várias visitas técnicas ao prédio, para os ajustes necessários. Serão precisos ainda, além das obras iniciais de adaptação, projetos de recomposição e adequação de algumas alas, especialmente o corpo principal, que tem severos problemas na cobertura – o que levou à interdição do centro cirúrgico e, por consequência, à suspensão das atividades no hospital.

A estimativa das partes envolvidas é de que até o final de março os consultórios que hoje funcionam no Hospital Universitário sejam transferidos para o novo Ambulatório Universitário Amadeu Puppi, que contará já de início com exames de imagem, além dos consultórios. Etapas sequenciais vão permitir a readequação de novos espaços e a abertura de novos serviços.

Para a prefeita, esse passo é um avanço imenso, pois permitirá o aumento da oferta de consultas especializadas, alcançando a cidade e a macro-região e viabilizando uma melhoria significativa na qualidade e na agilidade dos atendimentos de toda a rede pública de saúde.

O anúncio está sendo feito neste momento, explica a prefeita, em função da necessidade de um amplo estudo para a definição do perfil assistencial do Amadeu Puppi, em relação aos outros prestadores de serviços de saúde. A saúde pública na região, lembrou a prefeita, vem ficando mais complexa e exigindo arranjos cuidadosos. “Não podemos ter estruturas canibalizando serviços umas das outras. Nem estrutural sem perfil assistencial definido”.

A prefeita também falou sobre a separação entre atendimento hospitalar e atendimento de urgência e emergência: “a prefeitura já abriu duas UPAs e em breve irá iniciar as obras da terceira, a UPA Uvaranas, além de ter montado o Centro de Atendimento da Criança, mantido exclusivamente com recursos municipais”

O secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves, por sua vez, destaca a importância da integração entre os diversos órgãos do Estado e do município, inclusive a UEPG, para essa solução: “com esse protocolo, avançamos em várias frentes. O Hospital Universitário terá condições de receber, depois da transferência dos consultórios e das adequações necessárias, toda a demanda de gestantes de alto risco”. Ainda segundo o secretário essa parceria é resultado de um longo processo de discussão entre as equipes técnicas de todos os órgãos envolvidos: “temos trabalhado há bastante tempo na formatação de uma solução que atenda à população da melhor maneira possível. Avançamos muito, com o passo que estamos dando neste momento”.

As obras iniciais de adaptação do prédio para funcionamento do ambulatório começam nos próximos dias. Ao mesmo tempo, serão alinhados os projetos para as etapas subsequentes das reformas necessárias, bem como estruturados os vários níveis de complexidade dos serviços oferecidos, assim também as etapas de ocupação do prédio, à medida em que as reformas avançam.

Para o reitor Miguel Sanches Neto “a União entre a Secretaria de Estado da Saúde, UEPG – através da superintendência geral de ciência, tecnologia e ensino superior – e a prefeitura, demonstra que os órgãos públicos estão comprometidos visceralmente com a resolução dos problemas de saúde da região de Ponta Grossa, do município de Ponta Grossa e do Estado do Paraná”. Ainda segundo o reitor, “é uma demonstração de utilização dos recursos existentes, sejam físicos ou humanos, para dar uma melhor assistência para nossa comunidade. É com esse espírito colaborativo que a UEPG participa de mais este momento histórico da Saúde em Ponta Grossa”.

QUADRO

Como fica a estrutura da Saúde

Atenção primária: reforçada com mais médicos (em processo de contratação) e pessoal de apoio. Dez novas unidades previstas e reforma de outras 15, algumas já entregues

Atenção secundária: Ambulatório Universitário Amadeu Puppi e futuro Ambulatório Médico de Especialidades, junto ao HU

Atenção terciária: rede coordenada pela SESA, regulada pela Central de Leitos, concentrada no HU-UEPG, que passará a ter mais de 300 leitos; e nas unidades conveniadas (Bom Jesus, Vicentino e Santa Casa)