Saúde Municipal divulga orientações sobre a Coqueluche e o monitoramento de casos suspeitos em Campo Largo
COM ASSESSORIAS – A Prefeitura de Campo Largo, por meio do departamento de Vigilância Epidemiológica vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, informa que, até o momento, o município conta com 53 casos de coqueluche confirmados – só em 2024. Desde julho, a cidade também possui um protocolo de atendimento estabelecido para os casos suspeitos com: coleta nasal para diagnóstico laboratorial, tratamento com antibiótico, isolamento dos sintomáticos e vacinação dos contatos suscetíveis, tudo recomendado pelo departamento para a conduta dos profissionais de saúde do município.
Viviane Janz Moretti, diretora da Vigilância em Saúde de Campo Largo, avisa que o alerta com a doença acontece desde o aumento repentino de casos de coqueluche no Paraná, ocorrido especialmente em julho e agosto deste ano. “Essa doença é altamente contagiosa e os principais fatores de risco têm relação direta com a falta de vacinação. O diagnóstico pode ser desafiador, mas realizar o tratamento precocemente, com antibióticos, costuma ser fundamental. Então estamos atentos principalmente com as crianças”, indica.
Saiba mais – A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria. Presente em todo o mundo, sua principal característica são as crises de tosse seca, sendo que pode atingir traqueia e brônquios. As crianças menores de seis meses podem apresentar complicações que, se não tratadas corretamente, podem levar à morte.
Risco para crianças – “A coqueluche é uma doença que pode acometer todas as idades, mas o grupo com maior risco de adoecimento e gravidade são os bebês menores de 1 ano de idade. E a principal maneira de prevenção é pela vacinação, em especial das gestantes, pois dessa maneira os anticorpos são transmitidos via placenta ao recém-nascido, até que se possa iniciar a vacinação contra a doença, aos 2 meses de vida. Os bebês com menos de 6 meses de idade têm maior risco de óbito, pois o esquema vacinal primário se completa aos 6 meses de vida”, explica Luiza Marochi Almeida, médica infectologista da Vigilância Epidemiológica.
Prevenção – Sendo assim, ela reforça a atenção dos pais com a vacinação dos pequenos campo-larguenses como o principal meio de prevenção. Nas crianças a imunidade à coqueluche é adquirida quando elas tomam as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas e o Sistema Único de Saúde (SUS) também oferta vacina específica para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano de idade.
Casos suspeitos – Uma medida importante, segundo a Vigilância em Saúde de Campo Largo, é a definição de quais são os casos suspeitos. “Em relação aos sintomas, orientamos que as pessoas com tosse há mais de 14 dias, ou bebês com tosse há mais de 10 dias – daquelas com característica contínua e incontrolável, com tossidas rápidas e curtas, ou com vômitos pós tosse -, procurem o serviço de atendimento médico para avaliação e tratamento oportuno”, orienta a médica.
A coqueluche é uma doença que tem cura quando tratada adequadamente, com antibióticos fornecidos gratuitamente pelo SUS. Então quem apresentar os sintomas deve procurar imediatamente atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa.
Para dúvidas, entre em contato com a Vigilância Epidemiológica de Campo Largo no telefone (41) 3291-5246 ou no WhatsApp (41) 3291-5324, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.