Grande Curitiba

Foram dois dias de muito movimento, de encontros e várias boas opções para o cardápio. Na semana passada, entre os dias 04 e 05 de abril, a Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária (SMAP), promoveu o retorno da Feira do Peixe.

Depois de três anos sem acontecer devido à pandemia de Covid, o evento já tradicional no município foi realizado na Rua Coronel Cesar Torres, ao lado da Companhia Campolarguense de Energia (Cocel), e voltou a movimentar a cidade. Durante os dois dias da feira estiveram disponíveis pescados de água doce selecionados justamente para compartilhar na Semana Santa, momento em que o peixe costuma virar o prato principal.

Quem esteve abrindo a Feira foi o prefeito de Campo Largo, Maurício Rivabem, que chegou bem cedo já no primeiro dia, conversou com os munícipes que lá estavam, com a equipe da SMAP, e ainda gravou um vídeo: “O campo-larguense deve vir comprar o seu peixe aqui, pois assim valoriza o produtor/piscicultor local”, destacou. Ele garantiu também o peixe à mesa e escolheu uma Truta.

O chamado do prefeito surtiu efeito, pois o movimento no local foi alto dali em diante. E o estímulo econômico para toda a região deu certo, pois foram comercializados cerca de três mil quilos de peixe entre: Tilápia, Truta, Piauçu, Cascudo, Pacú, Bagre e Carpa. Os peixes foram comercializados com um preço mais acessível, atraindo mais os compradores. As pessoas se dirigiam até as barracas, escolhiam o seu peixe que era pesado, depois era realizada a insensibilização, e então levavam para os containers onde era realizada a limpeza.

Produção caseira e alimento saudável – Todos os pescados comercializados nas barracas da Feira do Peixe foram cultivados ou aqui no município, ou em regiões vizinhas, por piscicultores que participam de chamamento público. O objetivo da Feira do Peixe era fomentar a produção local, além de apresentar à população um alimento mais saudável. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo, per capita, de 12 kg de peixe por ano, por habitante. No Brasil, o consumo chega a 9 kg, mas ainda falta.

Campo Largo agora volta a fazer a sua parte e já tem o interesse dos piscicultores para as próximas edições. “Por ser a primeira Feira adquiri aprendizado. Valeu a experiência. Muitas pessoas não conhecem a Truta, que é um peixe nobre, e levaram para experimentar, então tenho certeza que na próxima voltarão a comprar”, contou o produtor de Trutas de Bateias, Anderson Fernandes Rodrigues de Lima.

Além dos peixes, muitas famílias compareceram na praça de alimentação para experimentar um saboroso pastel com caldo de cana, churros ou conferir os produtos caseiros, como legumes em conserva, pães e doces. Reinaldo, morador do Jardim Meliane, fez sua avaliação: “a feira está ótima, um local para a família. Todo mundo gosta de peixe fresquinho, né? Não precisa melhorar nada para as próximas”, afirmou. Já a Solange, do bairro Vila Bancária, disse que “estava com saudades, foi uma surpresa agradável a volta da Feira”.

O retorno da Feira do Peixe aconteceu, em muito, pela insistência do secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Celso Vedam, pois ele esteve presente nas outras edições. Este ano, porém, ele precisou se ausentar e a diretora de Agricultura e Pecuária, Luana Colla Mitchell, liderou a equipe e destacou o sucesso do evento. “Foi acima das nossas expectativas. Batemos quase três toneladas de peixe vendido, o que significa lucro e incentivo ao produtor, o que era nosso maior objetivo, além de levar uma alimentação saudável à população”, concluiu ela, agradecendo a equipe da SMAP e, também, a todos que participaram e colaboraram, de alguma forma, com a produção local.