Crianças e idosos festejam Curitiba e a primeira Rua da Cidadania da cidade

COM ASSESSORIAS – Cuidando da saúde e estimulando a criatividade. Foi assim que cerca de 100 idosos e 29 crianças comemoraram, nesta terça-feira (29/3), os 329 anos de fundação de Curitiba e os 27 de inauguração da Rua da Cidadania do Boqueirão – sede da Administração Regional e a mais antiga das dez existentes na cidade. No final, todos ganharam mudas de flores.
A programação começou cedo nas dependências da Rua da Cidadania, decorada com faixas e balões nas cores de Curitiba – verde, vermelho e branco. De um lado da rua, no corredor, um aulão de ritmos e alongamento comandado pelos professores Fabiana Molina e Lúcio Ferraz reuniu participantes das atividades dos centros municipais de esporte e lazer Eucaliptos, Menonitas, Agostinho Legró, Carmo e Xaxim.
“Por causa da pandemia, ficamos tanto tempo sem os nossos aulões que é uma alegria muito grande retomar a rotina antiga”, disse a aposentada Maria das Dores Bordin, de 75 anos, referindo-se a uma das tradições comemorativas do duplo aniversário. Uma das mais animadas do grupo e curitibana de coração, ela é de Porecatu, começou a criar a família em São Paulo, mas se fixou em Curitiba há cerca de 40 anos.
“Aqui eu me sinto livre e segura para andar pelas ruas”, completou Maria, que há 15 anos participa das atividades do Núcleo da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Boqueirão e passou o período de isolamento caminhando 3,5 quilômetros por dia pelas ruas do Alto Boqueirão. “O negócio é não ficar parada”, justificou.
Nova geração
Na Casa da Leitura Wilson Martins, no outro setor da Rua da Cidadania, crianças da creche Dona Nenê, conveniada à Prefeitura, também chegaram cedo para exercitar a imaginação. Com a mediadora Tati Paulhoz, ouviram e interagiram com a história Os Três Jacarezinhos.
Depois, desceram para brincar nos jogos gigantes e ver a exposição de desenhos e maquetes sobre Curitiba feitos pelos coleguinhas dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) Fúlvia Rosemberg, Pantanal, São José Operário e Tiradentes e da Escola Especial Helena Antipof, também da Prefeitura.
“Trabalhamos com as crianças sobre fotos da cidade e de trabalhos de artistas como Poty e o resultado foi incrível: além de aprender sobre Curitiba, elas conheceram o traço do artista e puseram a criatividade pra funcionar”, mostrou, orgulhosa, a professora Tatiana Campos, do CMEI São José Operário. Ao lado da colega Mariana Mariana Masurek, ela montou a exposição no corredor da Rua da Cidadania.
Regional inclusiva
Para a paratleta recordista pan-americana e paranaense de arremesso de peso e disco, Carmen Silva Santos, é no dia-a-dia que a Rua da Cidadania justifica sua denominação. “Aqui você vem falar sobre o que o seu bairro e a sua rua precisam e tem gente para ouvir. Quem é preocupado com o pedaço da cidade onde mora, preza muito e usa esse espaço”, disse a esportista.
Também conhecida como Xuxa, Carmen já ajudou a melhorar a acessibilidade nas ruas da Regional, que é um centro descentralizado de serviços municipais. Foi lá que ela sugeriu e conseguiu a instalação de rampas para uso de cadeirantes.