Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Acolhidas pela Fundação de Ação Social (FAS) na Casa de Passagem das Mulheres, no Rebouças, participaram nesta terça-feira (7/3) de uma ação voltada para os cuidados com a saúde. Elas receberam orientações sobre prevenção de doenças, métodos contraceptivos e oferta de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS), além de poderem fazer testagem rápida de sífilis e HIV.

Além da ação promovida pela Saúde, a unidade está com uma programação mensal para comemorar o Dia da Mulher, que inclui dia de beleza, com corte de cabelos, manicure e massagem nos pés, roda de conversa, contação de histórias e momento de reflexão.

Prevenção de doenças

A ação desta terça-feira foi realizada pela Secretaria Municipal da Saúde em comemoração ao Dia Internacional da Mulher e contou com a presença da médica ginecologista e obstetra da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, Karina Prosdócimo, e da equipe do Consultório na Rua, coordenado por Letícia Reis.

“Essa é uma oportunidade de multiplicarmos informações de saúde, as formas de prevenção de doenças, entre elas as sexualmente transmissíveis”, disse a médica.

Métodos contraceptivos

Karina ressaltou que o câncer está entre as doenças que mais matam mulheres no Brasil. O câncer de mama é o tumor mais comum entre a população feminina.

A médica orientou as mulheres sobre a importância do autocuidado para a prevenção de doenças e da necessidade de se fazer exames de rastreamento, como a mamografia e o papanicolau, usados para detecção precoce do câncer de mama e de alterações nas células do colo do útero.

Para a prevenção de gravidez, a médica destacou os principais métodos contraceptivos que são oferecidos gratuitamente nas unidades de saúde do município, como preservativo masculino, a pílula anticoncepcional, injeções, DIU e implante contraceptivo colocado sob a pele.

Tipos de violências

Durante a ação, as mulheres receberam ainda informações sobre os cinco tipos de violência doméstica e familiar que estão previstas na Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

A técnica em enfermagem Oneida da Silva, da equipe multidisciplinar do Consultório na Rua – que oferece atendimento de saúde para a população em situação de rua de Curitiba – explicou que as mulheres precisam ficar atentas porque nem toda a violência deixa marcas físicas.

Jovanna Cristina Pereira de Andrade, 26 anos, gostou da ação por levar conhecimento para as acolhidas. “Eu não sabia que existia a violência psicológica. Eu nunca vivi essa situação, mas já sei que sou contra”, comentou a mulher que é acolhida pela assistência social do município desde a infância.

Delair do Rocio do Rosário Lemos, 62 anos, também ouviu atenta as informações. “A gente que vem de um mundo sofrido conhece e já sabe dessas coisas que foram ditas aqui, mas é sempre bom relembrar”, disse.

A acolhida contou que estava em situação de rua há quase dois anos e que encontra na FAS e no município o apoio que precisa para se manter protegida. “Eu já fui acolhida em hotel social e hoje estou aqui na casa (das Mulheres), faço Caps e tratamento de saúde para um problema pulmonar”, contou.

Programação

A coordenadora da Casa de Passagem das Mulheres, Yolanda Messias Bachetta, disse que ações como a realizada nesta terça-feira são importantes para o conhecimento e a saúde das acolhidas e sugeriu que seja repetida em vários momentos do ano, já que a unidade possui um público rotativo.

A casa atende mulheres de 18 a 59 anos, em situação de rua.