Espetáculo “Enquanto Contava, Chico Rei” circula pelas Regionais de Curitiba

COM ASSESSORIAS – Durante todo o mês de maio, a Girolê percorre as dez Regionais de Curitiba com o espetáculo narrativo Enquanto Contava, Chico Rei, contemplado pelo Edital 092/2024 de Circulação nas Regionais, da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). A montagem resgata a história de Galanga, mais conhecido como Chico Rei – um líder tribal do Congo trazido ao Brasil como escravizado, mas que, mesmo diante das adversidades, manteve viva a memória de sua cultura por meio da arte de contar histórias.
Rei de uma tribo congolesa e habilidoso em engenharia de minas, Chico Rei foi arrancado de sua terra e trazido para Vila Rica (atual Ouro Preto). Lá, tornou-se símbolo de resistência, reunindo crianças e outros escravizados para compartilhar narrativas ancestrais – histórias de reis, rainhas, inkisis, contos de origem e cantigas de travessia. Diz a tradição que, quando ele começava a narrar, ninguém passava sem parar para ouvir.
No palco, duas comadres assumem o papel de contadoras, inspiradas no arquétipo das negras lavadeiras e congadeiras, tecendo um repertório que mescla contos como Furos no Céu e Moiras Negras com o cancioneiro popular da diáspora africana. O espetáculo é um convite para reviver a força de heróis negros, do axé, das congadas e das lutas que moldaram a identidade cultural brasileira, muitas vezes ausentes nos registros oficiais.
O espetáculo da Cia Girolê, se prepara para realizar uma mini temporada de 31 de julho a 3 de agosto no Teatro José Maria Santos, com ingressos a partir de R$15,00.
Ficha Técnica:
● Narradoras: Cleo Cavalcantty e Amaranta
● Produção: Fernando Meira
Datas e Regionais:
● 30/04: CIC
● 05/05: Boqueirão
● 06/05: Cajuru
● 07/05: Pinheirinho
● 09/05: Bairro Novo
● 14/05: Pinheirinho
● 22/05: Santa Felicidade
“Enquanto Contava, Chico Rei” não só celebra a tradição oral, mas também reforça a importância de preservar e difundir as narrativas que constituem a riqueza cultural afro-brasileira. Uma oportunidade para reviver, através da palavra e da música, a resistência e o legado de um povo.