Presidente do Imap diz que 85% do Fala Curitiba já foi entregue

“85% [do Fala Curitiba] já foi entregue. Temos questões para serem entregues ao longo deste ano, mas que não estão esquecidas”, garantiu a presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), Beatriz Battistella, nesta segunda-feira (9), aos vereadores da cidade. Ela e o superintendente-executivo da Secretaria de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vinícius Bório, participaram de uma audiência pública, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026.
A declaração de Battistella veio após perguntas dos vereadores sobre obras requisitadas pela população na consulta pública do ano passado, por meio do programa Fala Curitiba, e que foram incluídas pela Prefeitura de Curitiba no planejamento de 2025. “O Imap monitora isso [a realização das demandas do Fala Curitiba] e busca identificar [o andamento delas] para que as secretarias realizem as que ficaram pendentes”, justificou a presidente do Imap. “Não podemos desistir, temos que ir atrás e conversar com os responsáveis para a priorização”, disse.
Na audiência pública de hoje, Sidnei Toaldo (PRD) e Nori Seto (PP) fizeram perguntas sobre obras nessa situação. Em Santa Felicidade, Toaldo mencionou a contenção do rio Cascatinha e a correção de alinhamento da esquina formada pelas ruas João Azolin e Nicolau Gravina, afirmando que “a comunidade está nos cobrando e é preciso dar uma resposta”. Já Nori Seto listou obras dos últimos três anos que estão pendentes de realização. “A gente pede prioridade, para que o Fala Curitiba seja um instrumento eficiente”, cobrou o parlamentar.
Indiara Barbosa (Novo) perguntou sobre a tomada de novos empréstimos pela Prefeitura de Curitiba e da possibilidade dos hospitais e organizações sociais realizarem compras com recursos de emendas, sem a mediação do Executivo na aquisição, como é feita hoje em dia. Laís Leão (PDT) questionou as metas de ciclovias e calçadas na LDO, opinando que “os números estão subdimensionados para as demandas que a cidade tem de fato”. Camilla Gonda (PSB) perguntou da previsão de gastos com pessoal, Jasson Goulart (Republicanos) sobre asfalto e Bruno Secco (PMB) sobre as vagas para Educação Infantil, argumentando que os convênios são mais baratos que as próprias escolas.
Respondendo a essas perguntas, Vinícius Bório confirmou que o interesse da Prefeitura de Curitiba é desburocratizar a execução das emendas, mas que isso depende de as entidades terem equipes técnicas capazes de viabilizar a parte burocrática. “É um interesse atender o mais rápido possível”, disse. Sobre as metas, ele disse que a implantação de calçadas e ciclovias é maior que o descrito ali, porque elas são realizadas em obras maiores, enquanto na LDO estão discriminados somente projetos específicos. A íntegra das apresentações do Imap e da Secretaria de Finanças está disponível no vídeo da sessão, no canal da CMC no YouTube.
A audiência pública da LDO 2026 foi coordenada pela Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, sob a direção do vice-presidente, Olimpio Arajujo Junior (PL). A Prefeitura de Curitiba prevê que, no ano que vem, o orçamento atingirá o patamar inédito de R$ 15,6 bilhões, o que significa um valor 7,5% superior, em 2026, aos R$ 14,6 bi projetados para este ano (013.00003.2025). Para saber quanto o Executivo terá em caixa para movimentar, é preciso subtrair desse valor os pagamentos feitos de um órgão público para outro, como os repasses à Previdência. Descontadas essas despesas intraorçamentárias, o orçamento líquido para 2026 será de R$ 13,814 bilhões. É com esse dinheiro que o Município mantém e amplia os serviços públicos ofertados à população.
Fonte: Câmara Municipal de Curitiba