Fotógrafo Henrique Staron lança livro sobre a arte do grafite

COM ASSESSORIAS – O fotógrafo Henrique Staron lança o livro “Letra e arte pela cidade” e participa de um bate-papo com o público, acompanhado dos artistas GardPam e Cris Pagnoncelli. O evento será no dia 5 de agosto (terça-feira), às 18h, na Livraria Arte & Letra, em Curitiba. A entrada é franca e haverá intérprete de libras para garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência.
A obra tem 140 páginas e 60 imagens de grafites de Curitiba que foram capturadas entre os anos de 2018 a 2024. Textos em português e em inglês, legendas, dados sobre os autores, endereços, referências de pesquisa histórica e breves biografias de personalidades retratadas compõem a publicação.
O livro será distribuído gratuitamente aos participantes do encontro, no dia 5 de agosto. Outros exemplares também serão doados às Casas de Leitura da capital paranaense, permitindo que mais pessoas conheçam o grafite; uma expressão vibrante e efêmera da cultura urbana.
Enredo
Letra e arte pela cidade é um registro da presença do grafite em Curitiba como forma de linguagem, afirmação e resistência. As imagens reunidas – de obras que ainda colorem os muros e outras que o tempo apagou – revelam como a arte urbana transforma a paisagem e marca a memória da cidade.
Acompanhadas de entrevistas com artistas, as páginas também expõem os bastidores dessa produção: os processos, os sentidos e os enfrentamentos. O livro serve de convite para perceber, nos muros, as muitas narrativas que atravessam a metrópole.
Para o autor, os muros da cidade carregam marcas de histórias, protestos e emoções. O grafite – arte viva e em constante transformação – faz das ruas uma galeria aberta, onde traços e cores reinventam o espaço urbano.
Passado e presente
O livro Letra e arte pela cidade é um testemunho visual e a ampliação do projeto homônimo feito em vídeo em 2020 e publicado pela Secretaria de Cultura do Paraná.
A obra envolve narrativas captadas pelas lentes da fotografia que mostram não apenas os grafites contemporâneos, mas também aqueles que já foram apagados, que contam histórias do passado. Os textos são de Carla Viccini, foram revisados por Elaine Minami e traduzidos por Taíne Alves. A diagramação é de Edeliz Klaumann e a produção é de Cristiano Nagel.
“Acredito que cada imagem do livro marca um ato de preservação, uma homenagem aos artistas que transformam os espaços urbanos em telas de criatividade e resistência. Ao destacar tanto os grafites atuais, quanto aqueles que foram apagados pelo tempo e pela intervenção humana, o projeto pretende criar uma ponte entre o passado e o presente, celebrando a efemeridade da arte de rua e sua capacidade de evocar emoções e reflexões sobre a sociedade em que vivemos”, explica Henrique Staron.
Ainda segundo o fotógrafo, o ideal do projeto reside na crença e na importância do grafite como forma legítima de expressão cultural e patrimônio vivo da cidade. De acordo com a Proposição nº 005.00174.2018, que dispõe sobre a Lei do Grafite e do Muralismo, o objetivo é promover a arte urbana, revitalizar espaços públicos e valorizar os artistas.
A norma diferencia o grafite da pichação, que é considerada vandalismo, e estabelece diretrizes para a realização de obras em espaços públicos como muros, paredes e outras superfícies.
Apoio
O projeto Letra e arte pela cidade também engloba a publicação de e-book com audiodescrição/legendas para as imagens em formato de vídeo.
“Além expandir o acesso à obra de forma gratuita, permite que pessoas com deficiência visual conheçam a obra. Para isso, as Casas da Leitura de Curitiba vão receber cartazes com QR Code e com batida em braile, que levará ao material no YouTube”, completa o fotógrafo Henrique Staron.
O projeto Letra e arte pela cidade é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Ministério da Cultura e Governo Federal.