Grande Curitiba

Esporotricose pode ser transmitida do gato para o ser humano; há tratamento

O alerta visa apontar cuidados para que a população esteja atenta sobre essa doença. Não há motivo para ter medo ou maltratar os animais. Os gatos com a doença recebem tratamento, por meio da Saúde, justamente para evitar que haja transmissão ao ser humano
15 de dezembro de 2021 às 18:37
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – De novembro de 2020 ao início de dezembro de 2021, a equipe da Unidade de Vigilância de Zoonoses de Araucária encaminhou 34 exames ao Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) para averiguar se alguma das situações suspeitas em gatos era Esporotricose, uma micose causada por um fungo. Dos 34 exames, 23 tiveram resultado positivo. Não se trata de uma doença grave para o ser humano e para os animais, mas é importante que seja tratada. Pessoas em tratamento para outras doenças ou imunossuprimidos podem apresentar quadros mais graves. Para os humanos, há tratamento gratuito via SUS. Oito pessoas de Araucária fizeram o tratamento nesse período.

A Esporotricose pode ser transmitida ao ser humano por meio de acidentes com espinhos, lascas de madeira, arranhadura ou mordedura de animais (principalmente gatos), entre outras situações.

A equipe da Unidade de Vigilância de Zoonoses orienta que, para evitar o risco ao ser humano, os moradores comuniquem (via 3901-5283 ou [email protected]) sobre gatos que apresentem feridas na pele, geralmente na cabeça, e que não cicatrizam rapidamente. O animal contaminado pode transmitir a outros animais e também às pessoas, por meio de arranhões, mordidas ou contato com a pele lesionada. Não há registro de que esse fungo seja transmitido de pessoa para pessoa. Uma das principais formas de prevenir que os gatos contraiam a doença é mantê-los sem livre acesso à rua, assim como tê-los castrados, evitando assim contatos e brigas com animais desconhecidos.

No ser humano, a Esporotricose pode afetar lesão na pele, mas também órgãos internos. No caso dos pulmões, por exemplo, pode ocorrer sintomas que lembram os de tuberculose (tosse, falta de ar, febre…). Pode também ocorrer inchaço e dor nas articulações. Essas situações (e sintomas) em humanos variam por conta do estado imunológico da pessoa e profundidade da lesão.

IMPORTANTE: Este alerta da Saúde visa apontar cuidados para que a população esteja atenta sobre essa doença. Não há motivo para ter medo ou maltratar os animais. Vale reforçar: há tratamento para humanos e animais. Os gatos com a doença recebem tratamento, por meio da Saúde, justamente para evitar que haja transmissão ao ser humano.