Grande Curitiba

Venda de itens para a alimentação escolar é bom negócio para produtores rurais de Araucária

Em 2022, Araucária teve um total de 46 credenciamentos para fornecer itens para a alimentação escolar (entre produtores, cooperativas e associações); 35 deles do município. O cadastro para 2023 está aberto
9 de fevereiro de 2023 às 12:14
(Foto: divulgação/SMED)

COM ASSESSORIAS – Todos os anos, a Prefeitura de Araucária/Educação e da Comissão Permanente de Credenciamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) abre o chamamento de associações, cooperativas e agricultores interessados em fornecer produtos para a alimentação escolar (merenda escolar). Trata-se de uma grande oportunidade para que produtores rurais possam vender seus produtos e com valores atrativos. Em 2022, Araucária teve um total de 46 credenciamentos para fornecer itens para a alimentação escolar (entre produtores, cooperativas e associações); 35 deles do município. O cadastro para o ano letivo de 2023 já está aberto.

Conforme os critérios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE – Resolução/CD/FNDE nº 26/2013), fornecedores locais do município têm a prioridade para fornecimento de produtos para a alimentação escolar. Os produtos orgânicos terão preço de compra pela Prefeitura 30% superior aos não orgânicos (Resolução nº 12/2004 CD/FNDE e leis federais 11.326/2006 e 12.512/2011).

BOM NEGÓCIO – Essa oportunidade de bons negócios é elogiada por produtores rurais do município que participaram da ação em 2022. A vantagem financeira é um dos pontos fortes apontados pelos produtores participantes. No Guajuvira de Cima, o produtor rural Claudimir Erd, junto com a família, produz repolho, brócolis e couve-flor e parte da produção é destina à alimentação escolar. Acostumado a vender os produtos na Ceasa (Curitiba), ele destaca que o lucro com a venda para a alimentação escolar é bem maior.

Para o produtor Carlos Guilherme Almeida Maia, da localidade de Lagoa Suja, a possibilidade de vender o que produz para a alimentação escolar é um “grande incentivo para os produtores”. Além  da vantagem no preço de venda, ele destaca o fato de ser um deslocamento mais curto para a entrega, o que reduz custo. Para o ano letivo de 2023, Carlos Guilherme diz que pretende entregar verduras, abobrinha, pimentão, kiwi, ameixa, maçã, caqui e pêssego.

Outro produtor rural que conta com a vantagem de proximidade entre o local de produção com o local de venda/entrega é Adilson Batista de Matos, do Rio Abaixinho. Para 2023, ele pretende entregar acelga, brócolis, beterraba, repolho roxo e couve manteiga. Adilson conta que já na primeira entrega que fez para a alimentação escolar o caminhão foi cheio, algo que não ocorria na Ceasa, onde leva produtos mas não tem a garantia da venda. O que ele vende para a alimentação escolar precisaria ir duas vezes à Ceasa.

QUALIDADE – Segundo a Secretaria de Educação (SMED), Araucária serviu mais de 34 mil refeições por dia ao longo de 2022 nas unidades vinculadas à rede municipal de ensino. Por levar em conta as necessidades de cada idade e situações de restrições alimentares, esse trabalho incluiu a elaboração de mais de 30 cardápios por mês. “Eu tenho filha estudante. Sei que ela vai comer da mercadoria que tô produzindo. E é mercadoria de primeira [qualidade]”, contou  Claudimir Erd. Já  Adilson Batista de Matos, que tem filha e sobrinho em escola, lembrou que há muitas crianças que vão para a escola sem ter o que comer em casa. “É uma sensação boa. A gente sabe o que está levando para o prato das crianças”, comentou Adilson.

LISTA AMPLA – A relação de produtos que a Prefeitura tem interesse em comprar para a alimentação escolar é muito ampla e mostra a preocupação de oferecer produtos de qualidade e saudáveis aos estudantes. A relação de itens, descrita no edital de chamamento, inclui diferentes tipos de abóbora, alface, batata, laranja, limão, maçã, pêra, uva e abacaxi. Brócolis, vagem, champignon, pêssego, geleia de frutas, sucos integrais, pães variados, nhoque, pierogui, leite, iogurte, queijos também aparecem na longa lista do edital. No documento ainda consta que o valor de compra pode chegar a R$ 40 mil por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural.

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