Câmara Municipal de Curitiba confirma Política de Combate e Erradicação da Pobreza Menstrual
Nesta segunda-feira (12), o plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) concluiu a discussão do projeto de lei que institui a Política de Combate e Erradicação da Pobreza Menstrual. Confirmada em segundo turno com 28 votos positivos, a regulamentação traz as diretrizes para que o Poder Executivo efetive a garantia de direitos das meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. A proposta agora será encaminhada para a sanção ou o veto do prefeito Rafael Greca (005.00140.2021).
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o direito à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. O texto define a pobreza menstrual como a dificuldade ou a falta de acesso, por adolescentes e mulheres que estejam em vulnerabilidade social e/ou econômica, com útero ativo, a produtos de higiene, como absorventes íntimos e coletores menstruais; ao saneamento básico; e à educação adequada sobre o período menstrual.
São objetivos da política municipal: promover a dignidade das adolescentes e mulheres em vulnerabilidade social e econômica; buscar mecanismos de combate à pobreza menstrual; contribuir para a qualidade de vida das mulheres e adolescentes em período menstrual; reduzir o risco de doenças e outros agravos; e promover o acesso à informação e à educação sobre a menstruação e a saúde feminina.
Aprovada pelos vereadores em março deste ano, a lei municipal 15.975/2022 prevê a criação de uma campanha de conscientização sobre a pobreza menstrual. Também sugere que as unidades de ensino da rede municipal possam distribuir absorventes higiênicos, calcinhas absorventes e coletores menstruais às estudantes.
A primeira votação, na semana passada, também foi unânime. Durante o debate em plenário, parlamentares alertaram para o impacto da pobreza menstrual para o dia a dia das pessoas que menstruam e não têm acesso a absorventes e a outras condições básicas de higiene. De acordo com dados da ONU, 1 em cada 10 estudantes deixa de ir à aula pela falta de absorvente. Encaminhando nova votação favorável, o autor da iniciativa, vereador Dalton Borba (PDT), frisou inclusive o apoio da base do prefeito no entendimento sobre a matéria.
Outra proposta também teve o aval em segundo turno unânime, nesta manhã, com 28 votos positivos. O objetivo é denominar uma praça na Vila Nori, bairro Pilarzinho, como Nelson Bressan, contador e administrador de empresas falecido em 2002. A iniciativa é assinada pelo vereador Sabino Picolo (União).
Fonte: Câmara Municipal de Curitiba